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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Uma Carta à Humanidade.

O sol morreu nesse eclipse e eu me entrego ao apocalipse com a arma apontada para a cara da humanidade que me parece não saber viver a diversidade.

Parabéns por a cada dia conseguir se tornar pior. Parabéns por todo o dia fazer a minha dor ser ainda maior.
Guerras são vividas como espetáculos televisivos, o Romantismo morreu (a próxima vitima, serei eu?) e tudo é violência sem motivo.
Mas faz a audiência explodir em sangue e não ouse diminuir, essa é a realidade, é a mais pura, doce e imunda verdade!

Uma nuvem carregada de celulares velhos e descartados passa e eu ouço todas as chamadas perdidas, choro todas as lágrimas de despedidas.
Chove de repente toda a dor contida, todo sofrimento reprimido sobre nossas grandes cabeças alienadas.
Comprem, comprem só um pedaço destas mercadorias roubadas de nossas árvores, de nossas histórias...
Afoguem suas magoas na alma dos setes mares, aproveitem e joguem todas as garrafas que não couberam em seus bares, por favor, não se esqueçam de deitar dos nossos campos
devastados... Sonhem, dancem, façam seus lares, construam, corrompam e poluam.


Parabéns querida humanidade, parabéns cordial e feliz sociedade, Ó raça de víboras, porque devoram todas as outras vidas?
Preste atenção e tome precaução, pois não terão mais imunidade, me matem e eu mato vocês! Raças em extinção, todo o tipo de devastação não é mais novidade.
Que os santos tenham piedade dos vossos filhos imundos e cegos que destroem uns aos outros por conta do próprio ego. Peço aos céus que não deixem meu espírito se perder por essas cidades...
Eles se vangloriam da própria maldade, escarnecem por pura vaidade, são exaltados pele iniquidade! Grito ao universo, ee leve daqui, me traga paz na sua santidade.

A genialidade da humanidade pensa que posso me curar sozinha? Quando eu morrer não me enterre. Eu não quero ser o adubo dessa plantação de máquinas radioativas...
Eles vão dizer que é obra do diabo, mas nunca se preocuparam com nada que não fosse o próprio rabo, não quero ser o parque de diversão para as suas brincadeiras autodestrutivas.

Escrevo com todo o amor que vos dei e se eu morrer não me enterre, quero ir nesse eclipse e deixarei vocês entregues ao apocalipse.

Ass: Gaia.

Autor: Lucas Alberti Amaral

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